“Estamos a passar de uma média de 50 para 90 doentes laranja. Estamos a passar de uma taxa de internamento média de 8 % para 13,7 %”, desvenda Nelson Pereira, diretor clínico da Unidade Local de Saúde (ULS) do Tâmega e Sousa.
A área de internamento criada no antigo arquivo conta com 18 doentes, mas o hospital acredita que outros sejam para lá encaminhados ao longo da semana, até esgotar a capacidade.
Nelson Pereira afirma que no conjunto dos dois hospitais da ULS (Penafiel e Amarante) estão internados cerca de 274 doentes, a maior parte com queixas respiratórias, ao cuidado da Medicina Interna. Outros 75, também com doenças agudas, a maioria respiratórias, estão internados em hospitais privados ou do setor social, ao abrigo do plano de contingência.
Face à situação difícil, "houve necessidade de pedir auxílio a outras especialidades”, que estão a assumir o tratamento de doentes da Medicina Interna, nomeadamente Infecciologia e Pneumologia.
“Esta pressão excecional precisa, de facto, de medidas excecionais, que esperamos conseguir controlar no período de, no máximo, duas semanas, para começarmos a respirar novamente relativamente à atividade normal dos serviços”, explica.
Carla Freitas, diretora do serviço de urgência, reforça que têm conseguido gerir a resposta às situações e que o problema está no escoamento para o internamento dos doentes a partir do serviço de urgência.
Fonte: Lusa